Guaicuy elabora boletins virtuais sobre os resultados das análises de peixes coletados entre março de 2021 a maio de 2022 nas regiões 4 e 5.
Diante da seriedade dos impactos causados pelo rompimento da barragem da Vale, ocorrido em Brumadinho em janeiro de 2019, que afetou comunidades ao longo da bacia do Paraopeba, do entorno da represa de Três Marias e de comunidades do São Francisco localizadas em Três Maria e São Gonçalo do Abaeté, a equipe de Estudos Ambientais do Instituto Guaicuy elaborou boletins informativos que trazem os resultados de análises de elementos químicos nos peixes.
Este estudo parte, também, de uma demanda das pessoas atingidas das regiões assessoradas pelo Guaicuy. A insegurança em relação ao consumo dos peixes é fruto da convivência com as consequências do rompimento da barragem, o que vem impactando não apenas o cotidiano de alimentação, mas a renda de pescadoras e pescadores, além do turismo nas localidades afetadas.
O boletim apresenta os principais resultados das análises de elementos químicos nos peixes do rio Paraopeba, realizadas pelo Instituto Guaicuy em Pompéu e Curvelo (região 4).
Na região 4, foram coletadas 396 amostras, sendo 228 do filé do peixe e 168 de fígado, e foram analisados os elementos químicos: alumínio, arsênio, bário, cádmio, chumbo, cobre, cromo, ferro, manganês, mercúrio, níquel, selênio e zinco.
Acesse na íntegra o boletim informativo da região 4.
O boletim da região 5, também apresenta os principais resultados das análises de elementos químicos nos peixes. Para essa localidade, foram realizadas análises a partir da coleta de peixes no trecho do rio Paraopeba, logo abaixo da represa de Retiro Baixo, na represa de Três Marias e no trecho do rio São Francisco que atravessa Três Marias e São Gonçalo do Abaeté. Foram analisadas 1.209 amostras, entre elas 709 de filé de peixe (músculo) e 500 de fígado.
Acesse na íntegra o boletim informativo da região 5.
Em ambas análises, tanto da região 4 e da região 5, o destaque é para a presença dos elementos alumínio, ferro e manganês, essenciais para a saúde do nosso organismo. Por outro lado, quando em quantidades altas, podem ter comportamento tóxico, além de serem substâncias presentes na composição de rejeitos da barragem da Vale que rompeu em Brumadinho, em janeiro de 2019.
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