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O Boletim Piracema, material informativo produzido pelo Instituto Guaicuy, começa a ser distribuído nesta semana nas comunidades atingidas pelo desastre-crime da Vale localizadas em Curvelo, Pompéu, na região da represa de Três Marias e nas comunidades de São Gonçalo do Abaeté e Três Marias que são banhadas pelo São Francisco. A versão online também pode ser acessada no site do instituto bem como em suas redes sociais.
Nesta edição, as reportagens abordam temas como as indenizações individuais, a participação popular, os Fóruns Regionais e o Plano de Reparação Socioambiental, incluindo a carta-manifesto sobre o tema, redigida pelas pessoas atingidas e entregue às Instituições de Justiça. Destacamos a importância da matéria sobre o Anexo 1.1, relativa aos Projetos de Demanda das Comunidades que, na semana passada, obteve uma atualização importante relativa à escolha das entidades responsáveis pela administração de parte dos recursos previstos no Acordo Judicial de Reparação.
Seguindo sua linha editorial de amplificar as vozes e as histórias das pessoas que foram atingidas pelo rompimento da barragem da Vale, a última seção do informativo retrata Márcia Gonçalves, moradora de Angueretá, comunidade de Curvelo. Ela tem sua história de vida atrelada ao rio Paraopeba de modo umbilical: “Na infância, minha casa era perto de uma árvore muito grande, um pé de Jatobá, e um córrego que passava no terreno de vó. A gente não tinha muito dinheiro, mas tinha fartura, a gente comia o que a gente mesmo plantava. Eu era feliz demais da conta” , relembra. No entanto, desde o desastre-crime da Vale, sua vida mudou profundamente: “Quando vejo o rio hoje sinto tristeza, parece que o rio está agonizando para morrer”, relata.
Para conferir esta e outras reportagens do Boletim Piracema, clique aqui.
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