Instituto Guaicuy

Chuvas em Minas Gerais: Boletim II

11 de janeiro, 2022, por Christiano Amaral

Chuvas em Minas Gerais: Confira o segundo Boletim do Instituto Guaicuy, publicado no dia 11 de janeiro de 2022.

Após mais um dia de muitas chuvas ao longo do território mineiro, a situação das comunidades que sofrem com as consequências do aumento do nível das águas segue preocupante.

O Instituto Guaicuy traz o segundo boletim sobre as chuvas em Minas Gerais, com as atualizações a respeito da situação dos municípios das regiões 4 e 5 do Paraopeba, Confira.

Pompéu, Martinho Campos e as Aldeias Kaxixó

Embora a cobertura da mídia não esteja trazendo muitas informações, foi possível conhecer, a partir de relatos fornecidos pelos moradores da área e pelas lideranças indígenas das Aldeias Kaxixó, que a população se encontra sob alerta. Ainda assim, nenhuma família Kaxixó da Aldeia Capão do Zezinho, em Martinho Campos, está atualmente em risco de alagamento de suas residências. No entanto, os ranchos da beira do rio Pará estão cobertos de água. Seguiremos atentos a todas as comunidades Kaxixó.

Em Pompéu, a situação segue alarmante. A Aldeia Fundinho, que possui casas mais próximas ao rio, teve algumas de suas residências tomadas pelas águas. Algumas das famílias precisaram evacuar para casas da aldeia em regiões mais altas.

Comunidade Kaxixó: Aldeia Fundinho | Foto tirada por Milene Aparecida Veloso da Cruz, em 11 de janeiro de 2022

A ponte do Rio Pará, na MG-164, que liga Martinho Campos a Pompéu, foi interditada devido ao alto volume de água no rio, que causou instabilidade e vibrações na ponte. Os acessos via terrestre estão impossibilitados, e há o risco de que aldeias fiquem isoladas. 

O Guaicuy está acionando a imprensa para divulgar a situação das comunidades. Além de estar em diálogo com prefeituras, órgãos municipais e instituições de justiça, dentro das atribuições do instituto, para estarem a par do que está acontecendo e adotarem as providências cabíveis.

Comunidade Quilombola Saco Barreiro

As fortes chuvas elevaram o nível do Córrego do Parí, que transbordou e inundou áreas residenciais da comunidade. Além disso, a barragem da Agropeu, localizada a aproximadamente 1km da região, gera receio na população local, inclusive na comunidade de Saco Barreiro. 

A Defesa Civil municipal e a empresa responsável já foram alertadas. Mas, segundo os moradores, nenhum agente da Defesa Civil ou da empresa esteve na comunidade. 

Vazamento em Abaeté

As chuvas na região seguem causando danos às residências e comprometimento das estradas de terra. 

Houveram rumores a respeito de um possível rompimento da Barragem dos Perrella, mas, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) de Abaeté, até o momento não houve rompimento da barragem e sim o vazamento do ladrão e, em caso de rompimento, a água irá para a represa. Não há informações sobre uma possível evacuação.

O Rio São Francisco após a UHE Três Marias apresenta aumento considerável de volume de água, mas é importante manter a calma e aguardar indicações oficiais sobre uma possível evacuação.

Ribeiro Manso – Felixlândia

Áreas residenciais de Ribeiro Manso estão em processo de alagamento frente ao aumento da vazão de água vindo da usina (UHE) Retiro Baixo. A Defesa Civil foi acionada a partir de monitoramento do Instituto Guaicuy e a mesma informou que irá à comunidade verificar a situação.

Chuvas em Minas Gerais: Situação nos demais municípios

Hoje (11), a CEMIG publicou nota reavaliando a decisão de abertura das comportas da UHE Três Marias. Havia sido emitido alerta sobre a abertura. De acordo com a empresa, as ilhas fluviais do Rio São Francisco já foram evacuadas. 

Foram observadas vazões elevadas em diversos rios afluentes da bacia do Rio São Francisco, como o Rio Pará, Rio Paraopeba e Rio das Velhas, causando inundações em vários locais.

Recomendações do Guaicuy

São momentos difíceis, mas precisamos manter a calma. Tente se informar por veículos de imprensa ou fontes confiáveis. Não compartilhe informações imprecisas ou suspeitas. 

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