Entre janeiro e março de 2024, o Instituto Guaicuy está realizando uma edição especial do Cine d’Água nas 9 comunidades retratadas no documentário “De Angueretá a Barra do Rio de Janeiro: o rompimento da barragem da Vale para além de Brumadinho”.
O Cine d’Água é um cinema ao ar livre, ou em espaços comunitários, no qual são projetados os documentários produzidos pelo Guaicuy em colaboração com as pessoas afetadas pelo desastre-crime da Vale. Além do entretenimento, o Cine d’Água possibilita a melhora da autoestima das pessoas que aparecem nas produções, reforçando o sentimento de que elas são protagonistas de suas próprias histórias.
Essa rodada de exibição do documentário tem por objetivo servir como um espelho para as pessoas atingidas, permitindo que se vejam na grande tela, se reconheçam, se identifiquem e fortaleçam os laços enquanto comunidade na busca por justiça e pela reparação integral dos danos provocados pelo rompimento. Ao final de cada exibição, os espectadores participam de um debate sobre o documentário, o que contribui ainda mais para o autorreconhecimento e para a união da comunidade.
O Cine d’Água é um exemplo do compromisso contínuo do Instituto Guaicuy em promover a conscientização, o diálogo e a mobilização das pessoas atingidas em defesa dos direitos e do bem-estar das pessoas impactadas pelo desastre da Vale.
As comunidades que estão participando dessa rodada do Cine d’Água são: Angueretá (Curvelo), Cachoeira do Choro (Curvelo), Encontro das Águas (Curvelo), Recanto do Laranjo (Pompéu), Ribeiro Manso (Felixlândia), São José do Buriti (Felixlândia), Barra do Rio de Janeiro/Silga (Três Marias), Riacho das Areias (Abaeté), Paineiras e Porto Novo (Morada Nova de Minas). Ao todo, cerca de 130 pessoas participaram das sessões.
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O documentário “De Angueretá a Barra do Rio de Janeiro: o rompimento da barragem da Vale para além de Brumadinho”, foi lançado no dia 24/1, no evento promovido pelo Guaicuy que marcou os 5 anos do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.
O filme apresenta as histórias das pessoas e comunidades afetadas no Baixo Paraopeba, Represa de Retiro Baixo, Represa de Três Marias e Rio São Francisco, áreas atingidas mais distantes de Brumadinho. Embora geograficamente distantes, essas pessoas enfrentaram e continuam enfrentando diversos prejuízos, e mesmo após 5 anos do desastre-crime, persistem na luta por justiça, por participação nas decisões judiciais e na busca por reparação.
Assista ao documentário
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