Instituto Guaicuy

Grupo EPA apresenta resultados de primeira fase de análises sobre saúde para pessoas atingidas

4 de novembro, 2024, por Laura de Las Casas

Grupo é responsável por realizar Estudos de Risco à Saúde Humana e Risco Ecológico (ERSHRE), que integram Acordo Judicial de Reparação

Nesta semana, o Grupo EPA apresenta resultados da primeira fase de análises sobre saúde para pessoas atingidas pela Vale com o desastre-crime de Brumadinho. O grupo realiza os Estudos de Risco à Saúde Humana e Risco Ecológico (ERSHRE) do Acordo Judicial de Reparação, irá apresentar os retornos para as  comunidades de Pompéu e Curvelo. De acordo com o Grupo EPA, as reuniões vão informar as preocupações que foram levantadas nesta fase dos estudos, o direcionamento dado a elas e ainda apresentará os pontos de coleta.

Estes estudos são uma exigência dos órgãos públicos de saúde e de meio ambiente do Estado de Minas Gerais, em parceria com as Instituições de Justiça (IJs). Ao final, as pesquisas realizadas servirão para verificar a existência de riscos à saúde das pessoas e dos animais que possam estar associados às alterações ambientais causadas pelo rejeito derivado do rompimento das barragens da Vale.

Os encontros serão no próximo final de semana. No sábado, dia 9 de novembro, às 14h, na Escola Estadual Antonina Mascarenhas Gonzaga, em Angueretá, será a reunião das comunidades Saco Pari, Condomínio dos Pássaros, Condomínio Vista da Lagoa, Canto da Seriema, Recanto Sucupira, Fazenda B. Vista, Fazenda Mãe D’Água B, Fazenda D’Água B, Fazenda do Manga e Fazenda Capivara. Já no domingo, dia 10 de novembro, às 10h na Escola Estadual Sérgio Eugênio da Silva, será a reunião das comunidades: Sítio do Paiol, Condomínio Recanto do Laranjo, Recanto do Funil, Fazenda do Laranjo A (Retiro Baixo) e Fazenda do Laranjo B.

Entenda os Estudos

Os estudos pretendem identificar os riscos à saúde das populações atingidas e ao meio ambiente, associados às possíveis alterações ambientais causadas pela presença do rejeito derivado do rompimento da barragem que atingiu os solos, as águas e os sedimentos ao longo do rio Paraopeba e Represa de Três Marias. Os estudo vão avaliar e acompanhar as preocupações com saúde coletiva das comunidades e definir ações de monitoramento e reabilitação ambiental.

Entenda como estão funcionando as fases do Grupo de Risco 

Os estudos foram determinados pelo juiz do processo e pelo Acordo de fevereiro de 2021 (cláusula 3.8 do Acordo). Eles são custeados pela Vale e são realizados pelo Grupo EPA  ](empresa de engenharia contratada para realizar os estudos). Assim, o Instituto Guaicuy não tem nenhuma vinculação com o Grupo EPA ou com a execução desses estudos, mas acompanha todas as etapas junto às pessoas atingidas.

Eles são acompanhados e fiscalizados pelos órgãos públicos de saúde (Secretaria Estadual de Saúde) e de meio ambiente (SEMAD e FEAM) do Estado de Minas Gerais e pelas Instituições de Justiça, auditados pela AECOM e terão seus resultados fiscalizados pelos Órgãos ambientais, além da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – Seplag e da Secretaria de Estado de Saúde – SES.

Ao final dos estudos, as medidas mitigatórias que forem definidas deverão ser apresentadas ao juiz do processo e, caso aprovadas, serão incluídas no Plano de Recuperação Ambiental da bacia do Paraopeba (Anexo II do Acordo).

Quais perguntas o Estudo de Risco pretende responder?

  • – A presença de rejeitos do solo e água oriundos do rompimento da barragem B1 pode acarretar em riscos à minha saúde? Se essa possibilidade for confirmada pelo Estudo de Avaliação de Risco, o que será feito?
  • – Os peixes e outros organismos aquáticos pescados no rio Paraopeba estão contaminados?
  • – Quais os riscos de consumir alimentos produzidos com a irrigação feita a partir das águas do rio Paraopeba?
  • – Existe risco no consumo de alimentos de origem animal (carne de frango, boi, porco, ovos, leite, entre outros) criados às margens do rio Paraopeba?
  • – Existe algum risco ao consumir água dos poços cacimba próximos à margem do Paraopeba?
  • – O contato com o rejeito presente fora e dentro do rio Paraopeba pode gerar problemas para a minha saúde?
  • – Quais os próximos passos se os estudos apontarem para possíveis problemas de saúde pública relacionados ao rompimento da barragem?
  • – Se houver risco confirmado para o meio ambiente, quais os próximos passos e como saberei que a qualidade ambiental foi restabelecida?

 

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