Na quarta-feira, 13, o Instituto entregou à Justiça de Ouro Preto uma nova proposta de Plano de Trabalho de Antônio Pereira. O documento contém adequações pedidas pela juíza Kellen Cristini de Sales, em uma audiência de conciliação no 21 de setembro. A sessão foi agendada após a Vale — mineradora responsável pela Barragem Doutor — questionar judicialmente a primeira versão.
A proposta original era de que o Guaicuy atuasse, também, na elaboração do Plano de Reparação. Agora, o Instituto vai trabalhar para colher dados e sistematizar as demandas da população que vão servir de base para a matriz de danos e para o Plano de Reparação.
A elaboração do Plano de Reparação ficará a cargo do Grupo de Estudos Socioambientais (Gepsa) da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), que também já entregou à Justiça as adequações que foram pedidas na audiência. O Ministério Público de Minas Gerais e a Vale têm 15 dias úteis para apresentar suas considerações sobre os novos Planos de Trabalho.
Em fevereiro de 2021 o Instituto Guaicuy foi eleito para atuar como Assessoria Técnica Independente de Antônio Pereira. A comunidade é atingida pela Barragem Doutor, que ano passado teve o risco de rompimento elevado. Isso fez com que centenas de pessoas que viviam na zona de alagamento precisassem deixar suas casas.
As obras de descaracterização da estrutura seguem causando danos ao distrito. Além do medo do rompimento e do deslocamento forçado, hoje os moradores convivem com problemas como nuvens de poeira e poluição sonora constantes.
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