A Associação Brasileira de Avaliação de Impacto (ABAI) realizou seu 6º Congresso no início de outubro, na Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos (SP). Na ocasião, o Instituto Guaicuy foi eleito para participar da associação, que congrega organizações públicas e privadas, entidades da sociedade civil, pessoas físicas, profissionais e estudantes que desenvolvem atividades na área de avaliação de impacto ambiental.
Carla Wstane, diretora do Guaicuy, foi eleita vice-presidente da ABAI entre as entidades da sociedade civil. Carlos Gimenes, que trabalha no Instituto Guaicuy, foi eleito vice-presidente do setor de consultorias. Ambos os mandatos são para o biênio 2023-2025 e encerram daqui a dois anos. A nova gestão será eleita durante o 7º Congresso da ABAI, que acontecerá na cidade de Brasília (DF), em 2025.
A ABAI é uma associação civil de âmbito nacional, multidisciplinar, de direito privado, constituída por tempo indeterminado, sem fins lucrativos e sem filiação partidária. É a maior associação brasileira em avaliação de impacto.
Avaliação de impacto, de forma simplificada, é o processo de identificação e análise das consequências da implantação de um empreendimento proposto ou em curso, capaz de informar uma tomada de decisão.
O Guaicuy considera a ABAI um importante espaço de discussão entre vários atores da sociedade (públicos e privados), que se dispõe a compartilhar esforços de integração entre os aspectos ambientais e as atividades econômicas que se instalam nos territórios.
“Ocupar esses espaços vai ao encontro da nossa missão, que é buscar uma abordagem ecossistêmica da relação entre as pessoas e seus territórios. Também buscamos defender o diálogo entre os diversos saberes, de maneira a fortalecer os debates sobre as questões socioambientais nas quais atuamos desde nossa origem, em espaços como o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e os Comitês de Bacias, dentre outros”, afirma Carla Wstane.
“Para o Guaicuy, participar de espaços como esse proporciona ampliar debates com atores sociais de todo Brasil, a partir das nossas experiências com as pessoas atingidas por um desastre-crime dessa proporção. Nesse contexto, tivemos oportunidade de falar um pouco como tem sido o processo de reparação do rompimento da barragem da Vale do ponto de vista das pessoas atingidas. Falar sobre como tem sido a organização social e a produção de dados e informações para a busca da reparação, e como as diferentes narrativas impactam o acesso das pessoas atingidas aos direitos a uma reparação justa e integral”, completa a diretora do Guaicuy e vice-presidente da ABAI entre as entidades da sociedade civil.
Carlos Gimenes, do Instituto Guaicuy, considera que a ABAI reúne em seus congressos algumas das melhores cabeças pensantes e atuantes dos processos que envolvem questões socioambientais, especialmente no que passa pela avaliação de impacto e política ambiental. “O Guaicuy entra para somar no desafio de aproximar mais as organizações da sociedade civil nesse espaço de troca e de construção coletiva. Entendo que é um ganho para a ABAI por abrir o olhar para os trabalhos que temos desenvolvido e para o cenário das ATIs. É um ganho, também, para o Guaicuy por poder congregar com setores dispostos a construir boas práticas na área e abertos a avançar por novas fronteiras”, avalia.
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