Instituto Guaicuy

Festa de Agosto – décadas do Jubileu de Nossa Senhora da Piedade em Felixlândia

11 de dezembro, 2024, por Laura Garcia

O Jubileu de Nossa Senhora da Piedade é a maior festa religiosa de Felixlândia, e os devotos e devotas da região aguardam ansiosamente pelo evento todos os anos. Também chamado de Festa de Agosto, o Jubileu dedica os primeiros 15 dias do mês a novenas para Nossa Senhora, com celebração de missas e ampla participação da comunidade. Pessoas de diversas idades trabalham voluntariamente em todas as funções necessárias para a realização do festejo, desde os carros de bois até a decoração do santuário. A romaria aconteceu, em número reduzido, até na pandemia. Em 2024, participaram centenas de pessoas. A Festa de Agosto é realizada há mais de 150 anos e se tornou Jubileu há 62. Tanto a festa quanto o santuário e a imagem da Nossa Senhora da Piedade são tombadas pela prefeitura de Felixlândia como patrimônios culturais do município. 

História do Jubileu se confunde com a da cidade 

O município de Felixlândia foi emancipado em 1948, recebendo esse nome em homenagem ao padre Félix Ferreira da Rocha, que fundou a capela de Nossa Senhora da Piedade ainda no século XIX, quando a região era um distrito de Curvelo, chamado Piedade do Bagre. Transformada em santuário, a igreja é famosa por abrigar, desde 1962, a escultura da padroeira da cidade, atribuída ao artista Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Segundo Dona Maria Raimunda, que participa do festejo desde criança, “o pessoal da comunidade fala que o aparecimento da imagem é milagre”. 

Caminhada de fé 

Romeiros e romeiras das comunidades ao redor mantêm viva a tradição de atravessar a noite em caminhada até o Santuário para dar graças à padroeira. Saem de localidades como Várzea do Buriti, Campina Grande, Riachão, Lagoa do Meio, Tronco, entre muitas outras. “Um vai ajudando o outro na estrada e é maravilhoso demais. Quando você está chegando na cidade e você começa a ver a torre do Santuário, é difícil não se emocionar. É raridade alguém que não chora”, afirma Wemerson Ribeiro Leite.

Esse texto foi publicado na 14ª edição do Piracema. Clique aqui para ler e baixar a revista.

Imagem: João Carvalho/Guaicuy.

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