Instituto mostra quais são as etapas, cidades e o formato do estudo que visa trazer dados que vão contribuir com a Matriz de Danos
O Instituto Guaicuy realizou um encontro virtual com pessoas atingidas e/ou prejudicadas pelo rompimento da barragem. O tema da live foi a Pesquisa Domiciliar, que agora ocorre em 49 comunidades que ficam em seis municípios: Felixlândia, São Gonçalo do Abaeté, Três Marias, Paineiras, Morada Nova de Minas e Abaeté.
O encontro foi na noite de ontem, 23 de novembro, e contou com um primeiro momento de recepção das pessoas das comunidades que estavam presentes.
Após isso, a equipe da Pesquisa Domiciliar do Guaicuy iniciou a apresentação a respeito dos estudos realizados pelo Instituto. “O objetivo é conhecer a realidade da população e identificar as mudanças causadas pelo rompimento”, explica a coordenadora da pesquisa e da equipe de Ciências Sociais do Guaicuy, Gabriela Fernandez.
A Pesquisa foi criada para conhecer os territórios e populações, identificar os danos e prejuízos causados pelo rompimento e avaliar as necessidades das localidades.
O encontro seguiu com a descrição dos resultados levantados pela Pesquisa Domiciliar já realizada na regional de Pompéu e Curvelo entre o fim de 2020 e o meio de 2021. Foram 994 casas visitadas e 3.323 pessoas entrevistadas.
Na ocasião, vários danos foram notificados: problemas com a água, produção agropecuária, pesqueira, prejuízos no turismo e aumento dos gastos familiares.
A partir dessa primeira experiência, agora as demais regionais atendidas pela Assessoria Técnica Independente do Guaicuy passam a receber a Pesquisa Domiciliar.
O estudo é muito importante para ajudar na construção da Matriz de Danos, documento que vai especificar os danos e os valores para que as pessoas possam lutar por uma indenização mais justa.
Na pesquisa serão aplicados questionários para cerca de 3 mil pessoas em 49 localidades presentes em seis municípios: Felixlândia, São Gonçalo do Abaeté, Três Marias, Paineiras, Morada Nova de Minas e Abaeté.
Ela será feita segundo metodologia amostral. O que significa que nem todas as pessoas que vivem nas comunidades participarão da pesquisa. Porém isso não traz qualquer tipo de problema para elas. O estudo tem caráter voluntário, ou seja,a participação não é obrigatória e não afetará nenhum dos seus outros direitos.
A Pesquisa Domiciliar será feita pelo Guaicuy em conjunto com o Instituto Olhar, uma empresa parceira na execução deste estudo. Os técnicos do Olhar e também os do Guaicuy vão visitar a casa das pessoas com colete e crachá que os identifiquem. Alguns questionários também podem ser aplicados por telefone. As entrevistas vão ocorrer entre os meses de novembro de 2021 e janeiro de 2022.
O encontro contou com a participação de pessoas atingidas de ambas as regionais. Elas fizeram comentários e tiraram dúvidas a respeito do estudo. As principais foram questões a respeito do uso da água da represa e da perda de produção de peixes por conta do rompimento.
Para mais informações, é só entrar em contato com o Guaicuy pelo telefone: (31) 9 7102 5001.
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