Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.
Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site....
Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.
Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.
Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.
Estudos do Comitê Técnico Científico (CTC) da UFMG poderão apoiar as decisões do juiz no processo de reparação dos danos nos municípios da bacia do rio Paraopeba e entorno da represa de Três Marias
O Comitê Técnico Científico da Universidade Federal de Minas Gerais (CTC/UFMG) divulgou resultados de estudos que analisaram os impactos que o rompimento da barragem da Vale na Mina Córrego do Feijão causou nos serviços públicos de saúde e assistência social em 19 dos 26 municípios atingidos em Minas Gerais.
O CTC/UFMG é o órgão responsável pela produção de dados científicos e independentes que poderão apoiar as decisões do juiz no processo de reparação dos danos. Dos 67 subprojetos estabelecidos pelo juiz, 15 já tiveram suas pesquisas finalizadas e publicadas nos autos dos processos judiciais.
Entre os subprojetos com resultados publicados estão aqueles que analisaram os impactos do rompimento nos serviços públicos de saúde e assistência social dos municípios atingidos. Foram incluídos nessas pesquisas apenas os 19 municípios que eram considerados como atingidos na época do estabelecimento do termo de cooperação técnica com a UFMG: Brumadinho, Betim, Curvelo, Esmeraldas, Florestal, Fortuna de Minas, Igarapé, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Martinho Campos, Papagaios, Pará de Minas, Paraopeba, Pequi, Pompéu, São Joaquim de Bicas, São José da Varginha e Sarzedo.
Este estudo teve como objetivo identificar, caracterizar e avaliar os efeitos do rompimento da barragem da Vale nos serviços de saúde de 19 municípios diretamente atingidos pelo desastre-crime, considerando a utilização de equipamentos, infraestrutura, recursos humanos e despesas orçamentárias.
Foram utilizados dados secundários registrados nos sistemas oficiais de informações entre 2010 e 2020. Foram realizadas também entrevistas com gestores de saúde de Brumadinho, Curvelo, Florestal, Igarapé, Mário Campos, Martinho Campos, Paraopeba, Pompéu e São Joaquim de Bicas, entre maio e setembro de 2021, e levantamentos de informações sobre recursos destinados aos municípios no site da Vale.
A seguir, apresentamos os principais resultados dessa perícia:
Apesar dos resultados acima mencionados, os pesquisadores do CTC/UFMG enfatizam, em suas conclusões e recomendações, apenas a situação de saúde enfrentada por Brumadinho. Com relação aos outros 18 municípios estudados, eles informam que os resultados da análise (tanto dos dados secundários como das entrevistas) sugerem que não houve impacto na saúde dos municípios que possam ser diretamente atribuídos às consequências do rompimento da barragem. Estes resultados têm sido questionados pelo Guaicuy, e serão comparados a outras pesquisas. O CTC/UFMG informa, ainda, que os gestores não perceberam alteração no padrão de saúde, com algumas exceções relacionadas ao uso da água (diarreia, condições dermatológicas, dentre outras). Os pesquisadores enfatizam apenas a sobrecarga dos Agentes Comunitários em Saúde (ACS) no cadastramento das populações potencialmente atingidas com o rompimento da barragem.
Esse estudo teve como objetivo identificar, caracterizar e avaliar os efeitos da ruptura da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, sobre os serviços de proteção socioassistencial dos municípios atingidos, em especial os equipamentos, a infraestrutura, os recursos humanos e financeiros disponíveis e as despesas relacionadas à assistência social.
Foram analisados os serviços e benefícios da Proteção Social Básica (PSB) e da Proteção Social Especial (PSE), nos períodos anterior (2014-2018) e imediatamente posterior (2019-2020) ao rompimento. A perícia concluiu que houve impacto do rompimento da barragem da Vale sobre os serviços e as despesas socioassistenciais dos municípios atingidos, com variações entre eles, principalmente se considerados o porte e a proximidade com o local do rompimento da barragem.
Os principais resultados dessa perícia do CTC/UFMG indicam os seguintes impactos abaixo:
Por fim, os pesquisadores do CTC/UFMG, que atuam como peritos do juiz do caso Brumadinho, recomendaram uma série de medidas para o fortalecimento da proteção socioassistencial ofertada pelos municípios atingidos. Dentre elas estão medidas relacionadas a recursos financeiros, como capacitação dos trabalhadores e gestores municipais, estabelecimento de redes com outros órgãos governamentais e diagnóstico socioterritorial participativo para mapeamento atualizado das principais situações de riscos e vulnerabilidades sociais. E também medidas relacionadas a potencialidades presentes nos territórios para o fortalecimento da participação comunitária na gestão das políticas de assistência social.
Outras pesquisas sobre danos relacionados ao Meio Ambiente, Saúde e Socioeconomia ainda estão sendo realizadas pelo Comitê Técnico Científico da UFMG ou estão sendo avaliadas pelo juízo.
Conforme os subprojetos forem sendo liberados no processo judicial, o Instituto Guaicuy realizará as análises e a comunicação dos seus resultados para as pessoas atingidas das regiões que assessoramos.
*Regiões 4 e 5, assessoradas pelo Guaicuy: Curvelo e Pompéu (região 4); Abaeté, Biquinhas, Felixlândia, Martinho Campos, Morada Nova de Minas, Paineiras, São Gonçalo do Abaeté e Três Marias.
Saiba mais:
https://guaicuy.org.br/quem_e_quem_no_processo_de_reparacao/
https://guaicuy.org.br/resumo-dos-resultados-de-pesquisas-realizadas-pelo-ctc-ufmg/
https://guaicuy.org.br/ctc-da-ufmg-divulga-novos-resultados-sobre-a-saude-da-populacao-atingida/
O que você achou deste conteúdo?