Instituto Guaicuy

Seca e incêndios afligem Minas Gerais no inverno mais quente já registrado

22 de agosto, 2024, por Laura Garcia

2023 foi o ano mais quente já registrado no planeta Terra, e a previsão é que continuemos esquentando. Neste inverno, em que as temperaturas máximas têm passado dos 30ºC, Minas Gerais encara uma seca severa, com o período de estiagem prolongado, e agravada por numerosos focos de incêndio no estado. 137 municípios mineiros já decretaram situação de emergência, o que indica danos iminentes à saúde e aos serviços públicos, em razão da seca.

Nos últimos dias, várias áreas de conservação de Minas Gerais foram degradadas por incêndios que ameaçam a biodiversidade local e cobrem as cidades próximas de fumaça, prejudicando a qualidade do ar e multiplicando os problemas de saúde entre a população. O mais devastador deles, no Parque Nacional da Serra do Cipó, levou quatro dias para ser controlado, e a estimativa da área devastada é de 8.500 hectares (25% da área de Belo Horizonte). Brigadistas voluntários acreditam que a origem do incêndio pode ser criminosa.

Em todo o Brasil, são dezenas de municípios há mais de 100 dias sem chuva – em Belo Horizonte, são 125. No Norte, a situação é considerada crítica pela Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA), e a falta de chuva na região da Amazônia impacta o ciclo da água em todo o país, agravando inclusive as condições enfrentadas pelo povo mineiro. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) sinalizou alertas sobre a baixa umidade do ar em grande parte do país, sendo que na região central os níveis estão variando entre 12 e 20% – a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera saudável entre 50 e 60%. 

Crise climática

A situação potencializa o alerta permanente sobre a crise climática. Enquanto o inverno seco é uma característica do clima da região, que com frequência apresenta desafios à população, Minas Gerais foi o estado que mais esquentou em 2023. Aliado às temperaturas acima do normal, o fenômeno El Niño também contribuiu para chuvas abaixo da média no período de outubro a março, quando ocorrem cerca de 80% das precipitações do ano.

Durante esses períodos, é fundamental cuidarmos de nós e dos outros tomando as medidas que estão ao nosso alcance, como manter a hidratação em dia. Além disso, atentar para os animais de casa também sempre terem água fresca disponível, aumentar a frequência de rega das plantas e usar umidificadores de ar (um balde com água no ambiente também pode cumprir essa função). 

Imagem: Pedro Lavigne/Guaicuy.

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!

O que você achou deste conteúdo?

O seu endereço de e-mail não será publicado. Todos os campos são obrigatórios.

Ao comentar você concorda com os termos de uso do site.

Assine nossa newsletter

Quer receber os destaques da atuação do Guaicuy em primeira mão? Assine nosso boletim geral!