Instituto Guaicuy

Confira a 3ª edição do Boletim informativo da saúde: doenças diarreicas surgidas ou agravadas após o rompimento

25 de outubro, 2022, por Christiano Amaral

Esta é a terceira edição da série de boletins elaborados pela equipe de Saúde e Assistência Social do Instituto Guaicuy com informações sobre saúde para as pessoas atingidas. A série prevê, ao todo, oito publicações e nesta terceira divulgação, o boletim de saúde aborda as doenças diarreicas.

Atividade do dia D da saúde em Cachoeira do Choro. Foto: Juliana Almeida.

Pensando no cenário de impactos na vida das pessoas atingidas pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em janeiro de 2019, e no papel do Instituto Guaicuy enquanto Assessoria Técnica Independente (ATI) das regiões 4 (Pompéu e Curvelo) e 5 (entorno da represa de Três Marias e comunidades do São Francisco localizadas nos municípios de Três Marias e São Gonçalo do Abaeté), a equipe de Saúde e Assistência Social do Guaicuy vem elaborando uma série de boletins informativos.

O material busca contribuir com informações a respeito das alterações na saúde que podem acontecer a partir do contato com metais pesados e materiais tóxicos, originários do rompimento da barragem da Vale, ou devido a outras situações ocasionadas pelo desastre-crime, como a perda de renda e as alterações no modo de vida. A expectativa é fortalecer a participação ativa e informada: “Temos como expectativa que esse material seja utilizado pela população atingida como uma fonte de informação, assim como pelos técnicos das outras áreas da ATI no diálogo com as pessoas atingidas. Por isso, apresentamos informações relacionadas ao conceito dessas doenças e agravos mais observados em nossos acolhimentos e pesquisas, além de dados sobre o que foi levantado pelo Guaicuy e possibilidades de prevenção das doenças.”, explica Etna da Silva, da equipe de Saúde e Assistência Social. 

O tema do terceiro boletim são as alterações na saúde gastrointestinal, assunto frequente nos momentos de escuta do Guaicuy junto às comunidades atingidas, como explica Juliana Gonçalves, da equipe de Saúde e Assistência Social: “É uma questão que observamos muito, tanto nos acolhimentos individuais, nas Pesquisas em Saúde e na Pesquisa Domiciliar, realizadas nos territórios. As doenças diarreicas agudas podem ter relação com o rompimento da Vale, mas não podemos afirmar com as pesquisas que realizamos. Este boletim traz informações sobre saúde e prevenção dessas doenças, como o tratamento de água e outros cuidados simples que podem evitar a contaminação.”

Por tanto, o boletim explica o que são as doenças diarreicas, como acontece a transmissão, o que o Guaicuy levantou até o momento junto às comunidades sobre essas doenças, e o que a pessoa atingida pode fazer para evitar que a si próprio ou alguém da família tenha alguma alteração na saúde gastrointestinal.

Este é o terceiro boletim de uma série de oito que será periodicamente divulgada pelo Guaicuy – o primeiro, lançado em agosto, abordou as alterações de pele identificadas na população atingida. O segundo, publicado em setembro, tratou da saúde mental.

Boletim de saúde Nº 3: doenças diarreicas 

A diarreia aguda ou doenças diarreicas agudas (DDA) são um grupo de doenças que se caracterizam por fezes moles ou líquidas mais frequentes do que o normal (mais de três vezes ao dia). Em geral, a pessoa é curada em até 14 dias e a gravidade da doença depende da presença e intensidade de desidratação.

A transmissão das doenças diarreicas ocorre principalmente por meio da água e alimentos contaminados e, nesse caso, é considerada uma Doença Transmitida pela Água e Alimentos (DTA) – mas pode ser transmitida também pelas mãos de doentes ou pessoas que, mesmo sem apresentarem a doença, estão eliminando microrganismos nas fezes e não fazem a higienização das mãos de forma adequada.

Na Pesquisa em Saúde, pessoas atingidas e profissionais de saúde de diversos municípios atingidos relataram a ocorrência de surtos de diarreia após o rompimento da barragem da Vale. É fundamental lembrar que não são todas as pessoas que têm diarreia que vão até os serviços de saúde e também não são todos os casos que são registrados, mesmo assim, de acordo com o levantamento, foi observado  um aumento em 2019 no número de casos se  comparado com os resultados de 2018.

Confira aqui o boletim Nº3 (sobre doenças diarreicas) na íntegra!

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