O Instituto Guaicuy lançou no último dia 24 de janeiro a revista ilustrada “Cinco Anos do Desastre-Crime da Vale: Na Luta pela Reparação”. A ideia da publicação é dar ênfase à produção visual relacionada às pessoas atingidas e a suas respectivas paisagens culturais.
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A revista é dividida em dois grandes eixos: o primeiro é dedicado a alguns textos, todos produzidos a partir de análises relativas ao marco dos cinco anos de rompimento. No segundo, a publicação se ocupa em apresentar diversas fotografias em alta qualidade das regiões assessoradas. Ao todo, foram utilizadas 72 imagens.
A apresentação, produzida pela jornalista Joana Tavares, Coordenadora de Comunicação do Guaicuy, busca situar a revista no contexto de seu lançamento. Em linhas gerais, trata-se de um texto introdutório capaz de situar o espírito que motivou a concepção de um material impresso em qualidade compatível com o banco de imagens do Instituto.
Na sequência, Marcus Vinicius Polignano, Diretor Institucional da ATI Paraopeba, traça um resumo sobre a construção do trabalho do Guaicuy. Retomando o fio que liga o marco dos cinco anos de rompimento aos primeiros esforços de constituição da ATI, o texto se dedica a detalhar os início dos trabalhos da assessoria, os desafios do trabalho, as batalhas cotidianas da luta por reparação e o trabalho com as pessoas atingidas.
Mais adiante, a jornalista Laura de Las Casas apresenta o texto “A Informação Como Escudo”. A ideia da participação informada, uma das espinhas dorsais da Assessorias Técnicas Independentes, baseia-se na busca constante de um processo de reparação justa e participativa. Nessa linha, o texto apresenta o esforço do Instituto em mapear os territórios assessorados. De acordo com a jornalista, já foram mapeadas cerca de 108 comunidades em um território amplo e de difícil locomoção.
Por fim, fechando a seção dos textos, a jornalista Camila Bastos trata dos impactos causados pela chegada da lama nos territórios atingidos. Intitulado “A Água é o Caminho”, o texto aprofunda nas temáticas ligadas ao Dossiê de Danos, ao território, às regiões atendidas e à atuação junto aos Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) assessorados pelo Guaicuy. Todas as análises são intercaladas por imagens ilustrativas.
No que diz respeito ao segundo eixo, a revista se dedica a ilustrar os territórios atendidos a partir de uma montagem exclusivamente visual. Para tanto, as regiões do Rio Paraopeba, da Represa de Três Marias e do Rio São Francisco são apresentadas em subseções. A cada subseção, uma imagem aérea produzida pelo instituto abre espaço para diversas fotografias de retratos e paisagens relativas a cada um dos trechos documentados.
A publicação foi distribuída gratuitamente no evento “Em busca de respostas: Divulgação de dados, estudos e produções elaborados com as pessoas atingidas do Baixo Paraopeba, Represa de Três Marias e Rio São Francisco”, organizado pelo Instituto Guaicuy no dia 24 de janeiro, em Belo Horizonte.
Centenas de pessoas puderam acessar a revista e conferir esse compilado de imagens produzidas pelo Instituto desde os primeiros momentos de sua atuação como Assessoria Técnica Independente.
Outros exemplares serão distribuídos diretamente pelo Guaicuy às Comissões de Pessoas Atingidas das Regiões 4 e 5 e às pessoas retratadas nas imagens durante as próximas semanas.
Cinco anos depois do rompimento, a luta de cada uma das pessoas retratadas serve de motivação para a continuidade de uma luta árida e imprescindível pela reparação.
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