Instituto Guaicuy

Moradoras e moradores de Belo Horizonte pedem anulação de autorizações para mineração na Serra do Curral

16 de fevereiro, 2023, por Guaicuy

A mobilização popular faz parte da campanha “Tira o pé da minha serra”, que teve a segunda temporada lançada este mês

Desde dezembro de 2022, por determinação da Justiça Federal, estão suspensas todas as atividades de mineração na Serra do Curral. No entanto, a paralisação das atividades não garante o tombamento integral da Serra. Por isso, a população de Belo Horizonte deu início à segunda temporada da campanha “Tira o pé da minha serra”, que foi lançada na última segunda-feira (13/02).

A campanha “Tira o pé da minha serra” reúne ambientalistas, ativistas, artistas e parlamentares engajados nas ações em defesa da Serra do Curral. O local é considerado um cartão-postal de Belo Horizonte, além de ser uma riqueza do patrimônio geológico e cultural de toda região metropolitana da capital mineira. 

Este ano, durante o lançamento da campanha, a principal reivindicação foi para que o governador Romeu Zema anule as autorizações para mineração na Serra do Curral. Isso porque, decisões anteriores, como a do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), em agosto de 2022, também suspenderam atividades da mineradora, a exemplo da empresa Tamisa, e, mesmo assim, não houve qualquer garantia de que a serra seja tombada integralmente.

Os integrantes do “Tira o pé da minha serra” atribuem à mobilização social vitórias como a decisão da Justiça Federal que suspendeu a instalação do complexo minerário da  Taquaril Mineração S.A. (Tamisa) e a interrupção das atividades de minerações irregulares praticadas pelas empresas Gute e Fleurs. 

No caso da empresa Tamisa, ao suspender a instalação do complexo minerário da empresa, o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) entendeu que o empreendimento afeta a comunidade quilombola Manzo Ngunzo Kaiango. 

Localizado em Belo Horizonte, o Manzo Ngunzo Kaiango é uma comunidade reconhecida pela Fundação Cultural Palmares desde 2007. No local moram quase 200 pessoas, divididas em 37 famílias. Em 2017, a comunidade quilombola foi registrada como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. 

Acesse o site para mais informações sobre a mobilização.

Gostou do conteúdo? Compartilhe nas redes sociais!

O que você achou deste conteúdo?

O seu endereço de e-mail não será publicado. Todos os campos são obrigatórios.

Ao comentar você concorda com os termos de uso do site.

Assine nossa newsletter

Quer receber os destaques da atuação do Guaicuy em primeira mão? Assine nosso boletim geral!