Entre os dias 28 de maio e 20 de junho serão realizadas novas entrevistas para a segunda etapa do DFIPA (sigla para Diagnóstico Familiar e Individual sobre Perda das Pessoas Atingidas) nas comunidades atingidas de Pompéu e Curvelo.
O DFIPA é uma pesquisa realizada pelo Guaicuy em parceria com a Civitas que permite o levantamento de dados independentes e confiáveis para o mapeamento dos danos em decorrência do rompimento da barragem da Vale no Complexo Minerário do Córrego do Feijão.
O material coletado será importante para incluir na Matriz de Danos que é um relatório que vai guiar o processo de reparação. Ou seja, este diagnóstico vai contribuir na organização de um documento discriminando os danos, sejam eles coletivos ou individuais, materiais ou imateriais.
Em 2020 foram realizadas entrevistas da primeira etapa do DFIPA e os resultados devem ser compartilhados com as comunidades no próximo dia 21 de maio. Já na segunda etapa, serão levantadas informações mais específicas sobre os impactos do rompimento na saúde, nas propriedades, na agricultura, na pesca, na criação de animais, no extrativismo e na agroindústria.
Quem vai participar da segunda etapa da entrevista são algumas pessoas que já participaram da primeira, em 2020. Aqui foi utilizado o método amostral, através de sorteio, para escolher os e as entrevistadas. Portanto, a escolha seguiu-se de forma aleatória. Serão convidados a esta etapa pessoas de grupos como pescadores, agricultores, pessoas que tiveram doenças agravadas pelo rompimento, donos de propriedades, dentre outros.
As pessoas que não concederem entrevistas não serão prejudicadas de forma alguma, pois através das entrevistas amostrais é possível criar um diagnóstico dos grupos.
O DFIPA é realizado por uma empresa especializada que foi contratada pelo Instituto Guaicuy, a Civitas Consultoria e Planejamento. A equipe da Civitas aplica um questionário nas localidades de Pompéu e Curvelo. Na sequência, as respostas são encaminhadas para o Instituto Guaicuy que faz a análise completa dos dados.
Ao receber as respostas da equipe Civitas, o Guaicuy inicia um minucioso trabalho de organização e análise do material. As informações serão levadas à Justiça para serem incluídas no processo coletivo para a reparação integral das pessoas atingidas.
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