Instituto Guaicuy

Desastre-crime da Vale

Na tarde do dia 25 de janeiro de 2019, o rompimento da barragem da Vale no Complexo Minerário do Córrego do Feijão, em Brumadinho, mudou para sempre a vida de milhares de pessoas. Os 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos da barragem puseram fim à vida de 272 pessoas (duas delas ainda na barriga das mães), causaram diversos impactos ambientais e afetaram o modo de vida de dezenas de comunidades ao longo do Rio Paraopeba, da represa de Três Marias e do Rio São Francisco.

A lama tóxica atravessou 26 municípios e levou prejuízos distintos para as pessoas que vivem em cada um deles. As pessoas atingidas enfrentaram a perda de entes queridos, problemas de saúde física e mental, prejuízos econômicos, desestruturação de núcleos familiares, queda em cadeias produtivas fundamentais para as regiões e mudanças drásticas no modo de viver e na qualidade de vida de quem foi afetado.

Luta por reparação

Existem desafios complexos na busca pela garantia de uma reparação integral nas regiões assessoradas pelo Instituto Guaicuy, que contemplam dez dos 26 municípios afetados pelo desastre-crime. São elas: Região 4 (Pompéu e Curvelo) e a Região 5 (cidades em torno da Represa de Três Marias e comunidades às margens do Rio São Francisco nos municípios de São Gonçalo do Abaeté e Três Marias — Abaeté, Biquinhas, Felixlândia, Martinho Campos, Morada Nova de Minas, Três Marias, São Gonçalo do Abaeté e Paineiras).

Muitas pessoas e comunidades ainda lutam pelo direito de serem reconhecidas como atingidas pelo rompimento da barragem da Vale, principalmente na Região 5. Além disso, enfrentam problemas para acessar políticas de reparação, como é o caso do Programa de Transferência de Renda (PTR). Ele está estabelecido no Anexo 1.2 do Acordo assinado entre Vale e Poder Público e seus critérios de comprovação de residência muitas vezes destoam da realidade das pessoas.

 

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