Resumo Executivo: A cartografia social consiste na utilização de mapas feitos de forma coletiva pelas próprias pessoas atingidas. Possibilitando a retratação por meio de desenhos, figuras e palavras, aspectos de territorialidade, relacionados aos modos de vida, saúde, trabalho, renda, lazer, sobretudo as potencialidades locais. Além disso, a identificação das dificuldades espaciais em relação ao uso e ocupação do solo, bem como a compreensão do espaço urbano e rural. A cartografia social traz elementos relativos ao contexto que antecede o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão da Vale S.A em Brumadinho, Minas Gerais, trazendo um comparativo da realidade pós rompimento nas comunidades atingidas evidenciando os danos sofridos e dando subsídio ao processo de reparação integral.
Diante deste contexto, as cartografias sociais foram elaboradas no formato amostral em algumas comunidades dos municípios de Pompéu, Curvelo, Felixlândia, Três Marias e Biquinhas, em Minas Gerais, entre os meses de setembro e dezembro de 2021. As atividades foram realizadas pela equipe de Ciências Agrárias em parceria com as equipes do Acolhimento multidisciplinar (Saúde e Assistência Social, e Direitos), Ambiental e de Mobilização Social do Instituto Guaicuy. Participaram pescadoras/es e piscicultoras/es atingidas/os pelo rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão da Vale S.A. sobre o rio Paraopeba e represa de Três Marias.